O varejo paulista cresceu de forma expressiva no primeiro trimestre. O faturamento do setor foi 8,7% maior do que o do mesmo período do ano passado, pelos dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Nessa esteira, o varejo da capital paulista também melhorou as receitas (8,3%), sustentando o desempenho positivo do setor como um todo no período. Os dados se alinham, de alguma forma, ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País nos três primeiros meses do ano, divulgado há alguns dias pelo IBGE, que foi de 1,4%.
Segundo a FecomercioSP, o bom resultado está relacionado com o mercado de trabalho aquecido, que mantém a propensão das famílias ao consumo em alta, além de o mercado de crédito registrar expansão.
No terceiro mês do ano, o varejo paulista faturou, em números absolutos, R$ 126 bilhões, um crescimento de 7,4% em comparação com o mesmo período de 2024. É a maior receita para março desde o início da série histórica, em 2008.
Lojas de roupas e mercado automotivo puxam alta
Das nove atividades analisadas pela FecomercioSP, duas se destacaram no primeiro trimestre no Estado de São Paulo lojas de vestuário, tecidos e calçados — que cresceram 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado —, e as revendedoras de autopeças e acessórios, com elevação de 13,9%.
A Federação nota que o segmento de vestuário retomou o vigor que havia perdido na pandemia da covid-19 — e que, até o ano passado, ainda apresentava bons números.. Na capital, vale dizer, a atividade também cresceu bem: 10,7%.
Na verdade, todas as atividades que compõem a pesquisa cresceram no Estado, com destaques ainda para as farmácias e perfumarias (alta de 9,4%) e as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (8,5%).
Eletrônicos encabeçam desempenho na metrópole
Se as roupas e os carros deram a tônica do faturamento do varejo no Estado, na capital, o segmento mais pujante do primeiro trimestre foi o de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que aumentou as receitas brutas em 16,9%. As promoções mais fortes dos varejistas parecem estar surtindo efeito sobre os consumidores. No acumulado de 12 meses, a alta é de 19,6%.
Outro destaque da cidade foram as lojas de móveis e decoração, que expandiram o faturamento em 13,9% no primeiro trimestre, impactadas pelo aquecimento do setor imobiliário herdado da pandemia. Aqui, é importante ressaltar que, por ser a atividade de menor receita, são comuns grandes variações porcentuais para cima ou para baixo.
Com informações de FecomércioSP