O Banco do Brasil (BB) deve ser o operador de uma linha de crédito de R$ 6 bilhões com garantia do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). A medida foi anunciada pelo presidente da instituição, Fausto Ribeiro, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), no final de maio. Segundo levantamento do Sebrae, levando em consideração os valores médios de operações avalizadas pelo Fampe, a expectativa é que 120 mil donos de pequenos negócios sejam beneficiados com o convênio com o BB.
A instituição bancária tem uma relevância histórica desde a criação do Fampe, em 1995, sendo um dos principais parceiros do Sebrae na concessão de crédito aos pequenos negócios. A linha operada pelo BB representará 30% dos recursos e da alavancagem do fundo.
Atualmente, o Fampe já avalizou mais de 503 mil operações, financiando 26,8 bilhões em operações de crédito. Além do BB, existem outras 20 instituições financeiras credenciadas para concederem empréstimos com as garantias do fundo de aval do Sebrae: Caixa Econômica Federal, BRB, Sicoob, Sicredi, Banco Original, Banrisul, Banco Banese, entre outras.
Garantia para o empreendedor
O Fampe é um fundo garantidor gerido pelo Sebrae, que atua como avalista das operações de crédito para os pequenos negócios, desempenhando o importante papel de fornecer às instituições financeiras as garantias sobre o crédito que muitas vezes esses empreendedores não dispõem.
“Quando o empresário solicita financiamento em um banco, dois itens são analisados no limite de crédito: o histórico da empresa e as garantias oferecidas por ele. E a grande maioria dos pequenos empreendedores não consegue atender a essas duas exigências do mercado. O Fampe atua justamente nesse ponto, garantindo até 80% do crédito tomado pelas micro e pequenas empresas, melhorando o acesso junto às instituições financeiras”, ressalta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Outra frente de atuação do Sebrae é o crédito assistido, que fornece consultoria aos donos de micro e pequenas empresas para que ele faça uma reflexão sobre a estratégia de seu negócio e a real necessidade de crédito, bem como se ele tem capacidade de pagamento. “Essa orientação financeira pode contribuir para a perenidade da empresa e a redução da inadimplência, aspectos importantes na retomada da economia no pós-pandemia”, reforça o presidente Melles.
* Com informações de SEBRAE.