As cidades inteligentes ou “smart cities” estão no centro da discussão sobre o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população. Para “medir a temperatura” do tema entre gestores públicos, empreendedores e cidadãos, o Sebrae-SP realizou a pesquisa “Smart Cities”, que contou com dois objetivos centrais: trazer um panorama e tendências sobre smart cities e sua conexão com os pequenos negócios e mapear a aplicação das cidades inteligentes no Estado de São Paulo.
Uma smart city é aquela capaz de otimizar as funções da cidade e melhorar seus índices socioeconômicos por meio de tecnologia inteligente e análise de dados. A pesquisa mapeou os eixos mais importantes para os empreendedores quando se trata de smart cities. Os três mais citados foram: economia, tecnologia e educação – assim como o próprio estímulo ao empreendedorismo. Os demais eixos são: energia, meio ambiente, governança, segurança, mobilidade, urbanismo e saúde.
Apesar disso, o tema das smart cities ainda é pouco conhecido do empreendedor: apenas 36% deles já ouviram falar, contra dos 83% gestores públicos. Entre os cidadãos, esse índice é de 48%. Quando se trata de apoio ao eixo de empreendedorismo nas cidades, a percepção varia: donos de pequenos negócios dão nota 5 ao apoio das prefeituras ao empreendedorismo, enquanto que os gestores públicos avaliam esse item com nota 8,1. Para a pesquisa, 1.082 entrevistas com empreendedores, 1.000 com cidadãos e 81 com gestores públicos entre agosto e setembro de 2022.
Ademir de Moraes, presidente da APECC, afirma que “a APECC trabalha para divulgar o tema smart cities entre os varejistas do Circuito das Compras. Em parceria com o Ibrachina, apoia a realização de eventos sobre o tema, além de se colocar ao lado do poder público na busca de soluções tecnológicas que melhorem a vida da população de São Paulo e de todo o Brasil”.
Uso de tecnologia
A pesquisa também levantou o uso de tecnologia dos pequenos negócios: 65% dos empreendedores classificam como muito importante o uso de tecnologia dentro da empresa e 96% usam o celular no dia a dia do negócio. A grande maioria – 94% – afirma que pretende manter as mudanças tecnológicas provocadas pela pandemia de covid-19. Em relação à coleta e utilização de dados dos clientes, 71% dos empreendedores dizem que coletam ou armazenam algum tipo de dado, mas, por outro lado, 44% dizem não fazer uso nenhum das informações. Isso indica que ainda há um campo para ser trabalhado por empreendedores para aproveitar esses dados para ações de marketing e relacionamento com o cliente.
* Com informações de SEBRAE.