A mudança da sede administrativa do governo do estado de São Paulo para o centro da capital deve gerar um impacto transformador na região, conforme avaliação de autoridades estaduais. O secretário responsável pelo Desenvolvimento Urbano e Habitação afirmou que a iniciativa trará “nova dinâmica” e maior capacidade de estruturação para o comércio e a habitação local.
A expectativa é que o projeto funcione como um catalisador, atraindo investimentos privados, dinamizando o setor comercial e criando oportunidades de moradia para diversas faixas de renda. O plano inclui a construção de milhares de unidades habitacionais pelo Estado para reassentar famílias que residem atualmente em áreas destinadas ao novo centro administrativo.
Segundo o secretário, a valorização imobiliária decorrente da iniciativa tende a estimular o surgimento de novos empreendimentos de forma orgânica, atraindo tanto moradores quanto empresas. Além da ocupação institucional, a estratégia abrange ações habitacionais e sociais integradas.
Agencias estaduais já deram início à construção de moradias e à oferta de subsídios para famílias de baixa renda. Nos últimos dois anos, aproximadamente 2.000 cartas de crédito foram concedidas por meio de programas voltados à população de menor poder aquisitivo.
Estimativas apontam que a transferência gerará um fluxo diário adicional de 10 mil a 15 mil funcionários públicos na região central. Acredita-se que esse movimento estimulará a economia local e incentivará a abertura de novos estabelecimentos e serviços.

Foco na Inclusão Social

A revitalização também contempla medidas de recuperação social, com atenção especial a áreas críticas. Um dos eixos é o atendimento integrado a pessoas com dependência química, destacando-se um centro de acolhimento estabelecido em parceria com a prefeitura, que já resultou no encaminhamento de mais de 1.200 indivíduos para tratamento.
Outra prioridade é o reassentamento dos moradores da comunidade do Moinho, localizada no centro e composta por cerca de 880 unidades precárias às margens de linhas férreas. A meta é oferecer alternativas habitacionais dignas a essas famílias.
Autoridades enfatizam que o objetivo central é reintegrar a população ao coração da metrópole, revertendo décadas de esvaziamento causado por violência, tráfico de drogas e degradação urbana. “Buscamos tornar o centro novamente um local desejável para se viver, seguindo exemplos bem-sucedidos de outras grandes cidades globais”, declarou o secretário.
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